"É duro ser cabra na Etiópia" reúne 180 crônicas de autores famosos e anônimos de todos os cantos do Brasil, Portugal e Angola
O terceiro livro da carreira de Maitê Proença, É duro ser cabra na Etiópia, será lançado em Curitiba no dia 6 de junho, com uma noite de autógrafos na sede da UniBrasil, no Tarumã. A obra marca o início da carreira da atriz, autora e diretora, como editora. O evento faz parte do projeto UniBrasil Futuro e acontece no auditório Cordeiro Clève, às 19 horas. As inscrições são gratuitas e limitadas e podem ser feitas pelo site www.unibrasil.com.br.
A obra, que será lançada em São Paulo no final do mês, chega às livrarias pela editora Agir. A inovação salta aos olhos já no projeto gráfico, com páginas coloridas diagramadas cada uma de um jeito. Os temas e estilos dos textos variam, mas giram em torno de um desafio: deixar a imaginação correr solta dentro do limite de 1.500 caracteres, de preferência com uma boa dose de humor. A partir de 1.622 crônicas enviadas à artista por meio de um site criado por ela especialmente para receber o conteúdo, foi feita uma seleção rigorosa. Entre os autores estão anônimos e famosos, como José Eduardo Agualusa, Tatiana Salem Levy, Clarisse Niskier, Jorge Forbes, Carlos Heitor Cony e a própria Maitê.
A ideia surgiu de forma inusitada. O título foi pensado durante um almoço, quando Maitê conversava com amigos sobre a origem do café. Acredita-se que primeiros grãos foram encontrados nas fezes de cabras africanas e, pensando nisso, a editora questionou se o pastor teria percebido a animação dos animais e imaginado que faria o mesmo efeito no corpo humano. Maitê pensou que o bicho já não poderia praticar suas atividades mais primordiais em paz depois que o pastor confirmou os efeitos da planta, soltando a frase quase surreal que dá título ao livro: "É duro ser cabra na Etiópia". Naquela mesma noite, de volta ao Rio, foi assistir a uma peça de teatro de improviso, em que a plateia era convidada a oferecer uma frase, e a partir dela, o grupo de atores portugueses — acrescido dos convidados Pedro Cardoso e Graziella Moretto — elaborava um esquete de 30 minutos. Foi então que Maitê se lembrou do almoço na serra e, novamente, soltou a frase inusitada. Os improvisadores engasgaram com tamanha dificuldade, mas deram conta da tarefa.
Dois dias depois, a história foi parar nos jornais e, ao ler a própria frase, Maitê percebeu que poderia render um bom título. Mas para quê? "Minha cabra havia nascido do acaso, rendera num teatro do inesperado, seria coerente usá-la no contexto da surpresa. Porque não elaborar um livro com material desconhecido? Inventar algo a partir do que não domino ou determino, e lidar com aquilo à medida que fosse se apresentando?", pensou a autora.
Convidar escritores já consagrados foi uma estratégia para inspirar os novatos. Deu certo: a obra apresenta 180 textos selecionados, enviados de todos os cantos do Brasil, Portugal e Angola. Com o conteúdo em mãos, a autora começou o trabalho de edição. Reuniu, selecionou, agrupou os textos com alguma relação entre si e resolveu ordenar os assuntos por afinidades temáticas surgidas ao acaso. Na seleção, há crônicas sobre as diferenças entre homens e mulheres, o envelhecimento do corpo, a política e o sexo, entre outros temas. A revolta de alguns autores contra os limites dos 1.500 caracteres ganhou um capítulo à parte.
Resolvida a seleção literária, em que Maitê pregou seus textos preferidos nas paredes de seu sítio e inseriu divertidos comentários, teve início a etapa gráfica. A editora, mais uma vez, pediu a contribuição do público, que enviou fotos, desenhos e pinturas. Feita a seleção, a dupla Bleque e Fábio, da Cubículo, trabalhou com Maitê para fazer um livro diferente, uma verdadeira obra de designer. Seguindo as regras, a capa também foi criada por meio de uma colaboradora, Lilian Vidal. Lilian, que não é designer, enviou sua sugestão de imagem pelo site e acabou sendo selecionada. Pensando naqueles que não conseguiram contribuir com textos e imagens, algumas páginas foram deixadas em branco, para que o leitor possa personalizar o livro, fazer anotações e deixar suas impressões.
Título: É duro ser cabra na Etiópia
Autora: Maitê Proença
Editora: Agir
Número de páginas: 276
Preço de capa: R$ 39,90
Sobre a autora - Nascida na cidade de São Paulo, Maitê Proença já viajou pelo mundo, passando por cerca de 70 países. Em Paris teve seu primeiro contato com as artes cênicas e, de volta ao Brasil, trancou matrícula na faculdade e iniciou um curso de teatro com Antunes Filho. Em 1979, estreou como atriz de televisão na novela Dinheiro vivo. Começou na literatura em 2003, quando passou a assinar uma coluna na revista Época. Dois anos depois, 50 textos entre os publicados no veículo foram selecionados para integrar seu primeiro livro, Entre ossos e a escrita. Em 2008 lançou sua segunda obra, Uma vida inventada, que mistura ficção a fatos reais, num jogo de pistas falsas proposital, alcançando o primeiro lugar entre os livros mais vendidos do país. Maitê é também autora das peças Achadas e perdidas, As meninas (em parceria com Luís Carlos Góes, pela qual foram os autores premiados com a estatueta da APTR, assim como em outras categorias) e À beira do abismo me cresceram asas, que entrou em cartaz em março de 2013. Entre 2006 e 2010 integrou o elenco do programa Saia Justa.
Sobre a UniBrasil - Fundada em 2000, por professores doutores da Universidade Federal do Paraná, a UniBrasil (Faculdades Integradas do Brasil) possui mais de 7 mil alunos em cursos de graduação, pós-graduação e mestrado. Além de excelência na formação, com corpo docente altamente qualificado (75% dos professores com títulos de mestre ou doutor), a UniBrasil promove o incentivo ao esporte (com a manutenção de equipes e bolsas de estudo aos atletas), à globalização (com programas de intercâmbio e bolsas internacionais), à sustentabilidade (com ações sustentáveis e adesão ao Global Compact da ONU), à cultura (com o grupo de teatro Grutun!) e à pesquisa (com uma biblioteca com mais de 100 mil volumes e investimento em publicações). Com 150 mil metros quadrados, o campus das Faculdades Integradas do Brasil está localizado no bairro do Tarumã, na capital paranaense. A infraestrutura moderna oferece aos alunos estacionamento amplo, complexo esportivo com academia, quadra poliesportiva, piscina, modernos laboratórios de informática e Clínicas de Saúde (com atendimento gratuito à comunidade).
Serviço:
Projeto UniBrasil Futuro, com Maitê Proença
Data: 6 de junho, às 19 horas
Local: Auditório Cordeiro Clève, Bloco 6 - UniBrasil, Rua Konrad Adenauer, 442 - Tarumã
Informações: (41) 3361-4242
Fonte: Central Press.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada,por nos deixar sua opinião.