Artefacto João Pessoa abre Mostra 25

 

Uma exibição de design ou uma exposição de arte

O tema da Mostra Artefacto João Pessoa 2025, "Viver com Arte”, propõe uma nova janela para um mundo idílico: a arte, em todas as suas formas - desde que seja a que mais converse com você.

Espaços que integram o melhor do design ao melhor da produção artística contemporânea, com ideias escapistas que estão na cartilha de todo arquiteto. Uma leitura mais intelectual, que se apropria panoramicamente dessas expressões para agregar valor ao mobiliário da marca, de um jeito estético e ergonômico.

Inspirada fortemente pelo histórico Manifesto das Belas Artes, do italiano Ricciotto Canudo (1877-1923), a Mostra Artefacto 2025 conecta essa visão ao tema. Canudo defendia a ideia de que as artes deveriam se unir em uma sinfonia que capturasse a essência da experiência humana: a mostra reflete essa integração, promovendo ambientes em que design e arte contemporânea dialogam de forma harmônica, transcendendo

o utilitarismo e transformando cada peça em uma expressão artística e emocional. 

A Artefacto, com seu compromisso de inovar, dá um passo adiante ao unir a alta decoração ao manifesto das belas artes, transformando cada peça em uma expressão única de criatividade.

Um novo olhar - e um olhar para o novo.

Esperamos vcs!

MOSTRA ARTEFACTO JOÃO PESSOA 2025

Alice Medeiros, Bethania Tejo Arquitetos Associados, João Braz, JT Arquitetos, Márcio Catão, Oficina Arquitetura, Ponto3 Arquitetura, Sandra Moura Arquitetos, Tainá Andrade Arquitetura, participam desta edição da Mostra Artefacto.

 Alice Medeiros (@alicemedeirosarquiteta)

Inspirada pelo movimento fluido da dança e pela conexão humana que ele simboliza, Alice Medeiros apresenta um ambiente onde arte, arquitetura e natureza se entrelaçam em harmonia sensorial. Seu espaço para a Mostra Artefacto João Pessoa parte de um gesto arquitetônico ousado: transformar um pilar central, normalmente um obstáculo, no coração conceitual do projeto. A partir dele, a arquiteta desenha uma composição que convida ao encontro e à troca, propondo uma sala de almoço que é também um refúgio afetivo. A peça-chave da ambientação – a mesa de jantar Circa, com suas linhas orgânicas – sintetiza o espírito do projeto ao dialogar diretamente com a escultura de discos em mármore nacional, concebida para evocar o ritmo circular de uma ciranda. “A integração entre a mesa e o bar, pensados como um único fluxo contínuo, incentiva interações espontâneas e reforça a proposta de um espaço vivido e vibrante, onde o design é ferramenta de vínculo.” Alice traduz aqui sua abordagem profissional: criar habitáculos com alma, onde estética e funcionalidade dançam juntas – com sofisticação, fluidez e propósito.

Bethania Tejo Arquitetos Associados (@bethaniatejo @bethaniatejoarquitetura)

Com trajetória sólida nesta e em outras terras (incluindo mais de dez participações na Mostra Artefacto), Bethania Tejo inova ao apresentar um office conceitual onde arquitetura, design e arte se fundem em atmosfera silenciosa, simétrica e contemplativa. “O espaço – que evoca a ideia de galeria – foi idealizado como um refúgio de introspecção e pertencimento, em que o visitante se vê envolvido por uma narrativa estética precisa e serena.” O exercício da arquiteta começa com o invólucro modernista, rasgado no teto. A peça-chave do composê é a mesa de jantar Versa, cujo desenho orgânico estabelece o ritmo fluido, criando um eixo de convivência sofisticado. Ao redor dela, a estante contínua que percorre todas as paredes, com linhas minimalistas, transforma o mobiliário e as obras de arte em protagonistas de uma experiência intensa. As porcelanas artesanais assinadas por artistas brasileiros ganham destaque como instalação personalizada, reforçando a conexão entre memória afetiva, design e expressão local. O uso de materiais naturais e a paleta monocromática traduzem o rigor técnico e a sensibilidade poética da profissional, com traçado que celebra a escala humana, a liberdade de expressão e a arte como ponte entre o sensível e o racional.

JT Arquitetos (@jtarquitetos)

Ao entrar no espaço assinado pelo duo Taty Travassos e João Coura, a sensação é a de estar numa casa de verdade, com direito a um grande rasgo de vidro na altura da copa do pé de jambo – devidamente replicado na parede oposta, no reflexo da moldura Elie. Com perfume modernista e essência atemporal, o projeto dos arquitetos para a Mostra Artefacto João Pessoa 2025 tem amplas circulações, zonas de estar para diferentes atividades como receber, ler, relaxar, fazer refeições, com muita ergonomia e jogo natural de texturas (madeira, pedra, couro e linho muito bem harmonizados entre si). Interpretando o tema “Viver com Arte, eles entregam praticamente uma galeria privê que evoca uma sensação de inspiração e reflexão no visitante, com bela seleção de pinturas, fotografias, esculturas e cerâmicas. “Queremos que, ao entrar, a pessoa sinta uma conexão profunda com a arte, uma mistura de admiração e curiosidade. Esperamos que o ambiente estimule emoções, convide à contemplação e deixe uma impressão duradoura, fazendo com que cada visitante se sinta parte dessa experiência artística única”. O convite está feito.

Márcio Catão (@marciocataoarquitetos)

Instigado pelos fundamentos do wabi-sabi e pela elegância do modernismo brasileiro, Márcio Catão apresenta na Mostra Artefacto João Pessoa um living generoso que celebra a arte em sua forma mais sensível: uma extensão do cotidiano. Atemporal na forma e no conteúdo, com jogo de retas e curvas que transbordam para as paredes, a composição do espaço convida à contemplação, ao bem-estar e ao encontro entre design, silêncio e afeto, em um projeto que parte de uma paleta de tons sóbria e texturas naturais – madeiras com veios aparentes, tecidos de linho, fibras trançadas – que criam uma atmosfera de acolhimento tátil e emocional. Obras de arte bastante cromáticas, esculturas e objetos selecionados se integram aos móveis da Artefacto com precisão curatorial. Entre os destaques, o módulo Opus, com suas curvas fluidas, e a mesa Minos, de desenho assimétrico, traduzem o equilíbrio entre o clássico e o contemporâneo que norteia o trabalho tão fresh quanto sólido do arquiteto. Márcio entrega aqui sua identidade criativa – “uma síntese entre sofisticação natural, essencialismo e conforto sensorial, onde design e arte se encontram com leveza, propósito e poesia”.

Oficina Arquitetura (@oficinaarquitetura)

Unindo sensibilidade artística, técnica precisa e escuta afetiva, o trio da Oficina Arquitetura – Ana Cristina Batista, Daniella Figueiredo e Yuri Fernandes – apresenta um living amplo e dinâmico onde arte, natureza e design se encontram para promover uma experiência sensorial e contemplativa, com muita simetria num jogo interessante de espelhamentos dos sofás, posicionados de forma a “abraçar” quem chega. O projeto parte de uma ocupação fluida e harmônica, na qual áreas individualizadas se conectam com leveza, permitindo múltiplas formas de uso e convivência – além do estar, há o jantar e a área do bar. O mobiliário Artefacto, com curadoria impecável do trio, combina peças de diferentes estilos, compondo uma narrativa visual rica em contrastes sutis e camadas afetivas – a chaise longue Papillon se destaca como escultura funcional, ponto focal que sintetiza o conceito de habitar com arte: com presença, conforto e autenticidade. “A essência da Oficina Arquitetura está em transformar espaços em experiências, com equilíbrio entre beleza, funcionalidade e significado.” Um convite para viver com arte, por inteiro, em cada detalhe.

Ponto3 Arquitetura (@ponto3arquitetura)

Com uma trajetória marcada pela busca do essencial, a Ponto3 Arquitetura, da dupla Gesiel Soares e Raphael Barbosa apresenta um living que transforma o minimalismo em narrativa. O ambiente, concebido como uma tela silenciosa, valoriza o mobiliário e as obras de arte como protagonistas de uma experiência visual clara, leve e profundamente acolhedora. A composição parte de bases neutras – brancos, off-whites, marrons e texturas naturais – que ampliam a percepção espacial e estabelecem uma atmosfera de serenidade refinada. Linhas retas estruturam o layout com racionalidade, criando fluidez na circulação e equilíbrio entre estética e funcionalidade. A mesa de centro Giocco, com sua execução artesanal e desenho atemporal, tornou-se o ponto de partida do projeto, condensando os valores de permanência e complexidade silenciosa que marcam a identidade do escritório. Referências como Mondrian, Mies van der Rohe e Le Corbusier inspiram a pureza formal e a clareza visual que permeiam o espaço, onde gestos projetuais como a clarabóiaartsy sobre a mesa de jantar Jud, ou o nicho em pedra natural, emocionam. A arquitetura da Ponto3 se revela potente – acolhe sem excessos, emociona com propósito e resiste ao tempo.

Sandra Moura Arquitetos (@sandramouraarquitetura)

“A arquitetura é música petrificada”, dizia Goethe. E foi justamente ela, a arquitetura, quem capturou Sandra Moura, pianista, ainda adolescente. Ao citar a frase do poeta alemão, ela aponta para a escultura aérea feita sob medida pelo artista plástico Demétrius Coelho que evoca as teclas do instrumento, destacando a verticalidade da sua vitrine, espaço abre-alas da Mostra Artefacto João Pessoa 2025. “Essa escolha não apenas remete à minha história pessoal, como também convida a uma reflexão sobre como diferentes formas de arte se entrelaçam e enriquecem. Para mim, a arte é o solo fértil onde minha criatividade floresce.” É assim que ela enxerga a casa, a vida e os projetos. Tanto que escolheu o mobiliário da coleção Getz, da Beach & Country, inspirada nos clássicos do Jazz, para compor o ambiente de estar que traz elementos marcantes da sua assinatura veterana, como iluminação natural, biofilia, fluidez espacial e muita ergonomia com grande efeito gráfico. Entre os destaques, o módulo Getz, a caixa bar Chet e as mesas componível Lang, e lateral Lexter, parecem dançar sobre o tapete geométrico – também desenhado por ela, é claro, com a mesma poética com a qual dedilha o piano.

Tainá Andrade Arquitetura (@tainaandrade.arq)

Uma suíte ampla e acolhedora. É como a arquiteta e urbanista Tainá Andrade apresenta seu espaço na Mostra Artefacto João Pessoa 2025. “A arte está presente na forma como compomos os espaços: desde a seleção precisa dos materiais até a curadoria sensível de peças de design. O projeto traduz essa vivência como uma expressão contínua de beleza, proporção e intuição estética, onde cada detalhe tem intenção. Viver com arte, para mim, é habitar um espaço que emociona, que tem alma e que transcende o tempo” explica sobre o tema que decodificou por meio de tons terrosos e naturais, pontuados por pinturas e cerâmicas com grande força cromática. Bastante sensorial, esta suíte multiuso explora a luminosidade natural com um jardim de inverno que traz calmaria e propõem introspecção, trazendo um raio de sol a mais para a cabeceira Talalla. Tainá também sugere novas possibilidades em aproveitamento do mobiliário ao apostar no buffet Baker como cômoda. A mesa componível Fois e o sofá Blossom completam uma ambiance imaginada para sonhar, recarregar as baterias e inspirar (de dia ou de noite).

Serviço

Artefacto

Avenida General Edson Ramalho, 465 – Manaira

João Pessoa/ PB

@artefactooficialbrasil

www.artefacto.com.br

Foto: Marco Antonio.