Evento reúne grandes nomes da música, dança e performance do mundo do afropop em dois dias de shows e oficinas
Nos dias 10 e 11 de maio, Curitiba recebe o “ Afropop Fest ”, o primeiro festival de dança e percussão afropop da capital paranaense, que ocorrerá no Memorial de Curitiba (Rua Dr. Claudino dos Santos, 79 - São Francisco).
Com uma ampla programação gratuita, o evento reúne música, dança, oficinas, feiras de produtos artesanais e diferentes manifestações afro-brasileiras com o objetivo de reafirmar essas expressões por meio da corporalidade, da musicalidade e do conhecimento histórico-cultural que as expressividades artísticas populares e culturais carregam.
“A Cultura Afro contribui em seu manifesto de cultura e resistência. Mestres e líderes como Mestre Bimba, Dona Ivone Lara, Jovelina Pérola Negra, Nelson Mandela, Abdias do Nascimento nos mostram sua força e mensagem que purifica a mente e fortalece o corpo e a alma, trazendo serenidade e sabedoria para poder conscientizar os seres humanos. Mirando essa ancestralidade, queremos promover um festival vibrante, festivo e pedagógico, com diversas oficinas de danças de matrizes africanas, mostra de demonstração, feira de produtos artesanais afros e muito mais”, explica Adilto Black , diretor e idealizador do 1º Afropop Fest Curitiba .
Mostra musical e artística com nomes de destaque nacional e internacional
Com apresentações gratuitas no palco da Praça de Eventos Iguaçu, localizada internamente no Memorial de Curitiba, fazem parte da programação grandes nomes da percussão, da música e da dança Afro.
Destaque para o “ Bloco Princesas do Ritmo” , banda percussiva formada exclusivamente por mulheres afrodescendentes, que transporta ao festival a força dos instrumentos percussivos como expressão de arte, identidade e resistência; para o “ Pagodão Bahiano” , com Adailton Swing, gênero musical brasileiro que surgiu em Salvador, na Bahia, na época da escravidão como uma forma de manifestação musical nos terreiros na Bahia, em uma mistura de samba, reggae e pagode, também conhecido como pagodão, swingueira ou quebradeira; e também para o show “ Rufar dos Tambores - Do Chão aos Palcos” , com o Mestre Jackson, considerado um dos mais conceituados músicos de percussão da Bahia, precursor do Samba Reggae junto com o saudoso Neguinho do Samba no Olodum, sendo também responsável pela criação e evolução da batida afrobaiana intitulada de Axé Music, introduzindo também aos tambores de batida 'Merengue', que deram ao Olodum as maiores sucessos músicas até hoje.
Destaque ainda para o show de “ Afropop com Adilto Black” , com seus 22 anos de experiência em artes e dança, levando ao palco do Memorial de Curitiba o ritmo do Afro Pop, Afro Reggae e do Pagodão Baiano; e para o “ Despertar Ancestral”, com a Mestra de Samba de Roda Fernanda, presidente do Coletivo Cultural Sambadeiras de Bimba Filhas de Biloca, embaixadora da cultura do samba de roda, que é uma expressão rica da identidade afro-brasileira, promovendo espetáculos em diversos países como, França, Israel, Rep.
A programação também contará com os shows “ O Meu Toque ”, de Emerson Groove, e “ Baianidade ”, com Everton Chemin, o Funti, os irmãos são percussionistas conhecidos da comunidade de terreiro, arte educadores, professores de capoeira, percussão afro e dança, cofundadores do Bloco AFROCOR e pesquisadores de ritmos africanos, em especial a cultura Madengue (Guiné Conakri), no Oeste da África; a apresentação “ Samba no Pé ”, com Felipe Barão Jr, instrutor de samba, coreógrafo, dançarino, atuoso no grupo Ori Gem Dance, passista de samba profissional, um dos mais aclamados em Curitiba e, também, Rei Momo do Carnaval Curitibano em 2020; uma performance “ Resistindo apesar da Resistência ” com Sil Duarte, b-girl curitibana, cofundadora do Dope Girls Crew e idealizadora do método de treinamento Breaking Go, em uma obra que entrelaça Breaking, Dança-Teatro e a força das histórias femininas, por meio do movimento, resgatando as narrativas das mulheres antecedentes, cujas lutas e conquistas ecoam até hoje, como também com Fer Terra; e a apresentação de Dança Africana com Djanko Camara , dançarino, coreógrafo, músico e cantor, nascido na região de Faranah, na Guiné, sendo integrante do Ballet Bangoura, considerado o melhor dançarino mandinga de todos os tempos, chamado para participar do ballet nacional "Les Ballets Africains" e do "Ballet Nacional Djoliba".
Oficinas gratuitas abertas para a comunidade com brinde exclusivo
O Afropop Fest Curitiba também será composto por diversos workshops gratuitos de danças de matrizes africanas, diversidades percussivas e ritmos, que ocuparão a Sala Londrina e diferentes espaços do Memorial de Curitiba. Entre elas, a “ Oficina de Tambores de Rua - Uma Diversidade Percussiva ”, com o Mestre Jackson; uma “ Oficina de Afropop ” com Adilto Black; a “ Oficina de Pagodão Bahiano ”, com Adailton Swing; a “ Oficina de Ritmos Afro Baianos” , com Emerson Chemin - o Fun; a “ Oficina Despertar Ancestral ”, com a Mestra Fernanda; a “ Oficina Terapia Malinke ”, com Djanko; a “ Oficina de Samba Passos de Discotecas ”, com Felipe Barão; e a “ Oficina Resistindo Apesar da Resistência ”, com Sil Duarte.
O 1º Afropop Fest Curitiba é um projeto aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura - Governo do Paraná, com recursos da Lei Paulo Gustavo do Ministério da Cultura - Governo Federal. Disponibilidade de acessibilidade com Intérpretes de Libras, audiodescrição, cadeiras de rodas e cadeiras para pessoas obesas. Acompanhe as novidades por meio do perfil oficial no Instagram @afropopfestcwb e pelo Facebook.com/afropopfestcwb
Foto: TipMidia.
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