O sistema discreto que está se tornando obrigatório em imóveis premium nos lugares úmidos do Brasil
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| Vitória Ciruelos, Dani Brito e a médica Dri Gulin Antonio More |
Com a chegada de dezembro, quem possui casa de veraneio começa a planejar a abertura do imóvel para a temporada. Mas junto com o calor e o retorno à praia surge um velho conhecido dos proprietários: o mofo. Depois de meses fechadas, as residências ficam expostas ao excesso de umidade, criando o ambiente perfeito para bolor, fungos e ácaros — agentes que representam risco direto à saúde, especialmente para pessoas com alergias respiratórias. Estudos mostram que moradores de casas com mofo têm entre 30% e 50% mais chances de desenvolver ou agravar quadros como rinite, sinusite, asma e bronquite, motivo pelo qual até a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a umidade persistente como fator de risco doméstico.
Para discutir o tema e apresentar soluções, a Hotfloor e a SmartLy Brasil promoveram uma talk no último dia 02 de dezembro, na Casa AG7, com a participação de Vitória Ciruelos (Hotfloor), da médica Dri Gulin — que também é sócia e integrante do Conselho da AG7 — e mediação da jornalista Dani Brito. O encontro abordou o impacto da umidade e dos chamados “inimigos invisíveis” na saúde e no bem-estar dos moradores, além de apresentar uma nova tecnologia para controle ambiental: o HotCloset.
Tecnologia para combater mofo e melhorar a saúde ambiental
Criado pelo engenheiro Euclides Ciruelos, mestre em Sustentabilidade, o HotCloset é um sistema de engenharia instalado dentro das paredes do imóvel com o objetivo de reduzir a umidade interna e impedir a proliferação de fungos e ácaros. A ação da tecnologia contribui para o bem-estar dos moradores e para a preservação de roupas, calçados, peças em couro e itens de cama e banho — frequentemente danificados pelo excesso de umidade em cidades brasileiras.
De acordo com a médica Dri Gulin, soluções como essa são essenciais para combater microagressores presentes nos ambientes internos, muitas vezes imperceptíveis a olho nu. “Falamos de elementos silenciosos, que geram desconforto e adoecimento, não apenas físico, mas emocional. Ninguém deveria conviver com inimigos invisíveis dentro de casa”, afirmou durante o talk.
Vitória Ciruelos destacou que o desenvolvimento da tecnologia atende a uma demanda recorrente do mercado imobiliário de alto padrão: garantir que armários e closets funcionem como depósitos seguros para peças e acessórios de alto valor. “Cada ambiente da casa precisa ter performance e com o closet não é diferente. O HotCloset oferece proteção contínua e automática, sem interferir na estética ou no uso do mobiliário”, explicou.
Uso crescente em diversas regiões do Brasil
A solução já é usada em residências do Sul do país — especialmente em Curitiba, capital mais fria do Brasil —, onde áreas sombreadas e paredes voltadas para a fachada acumulam umidade e aceleram o ciclo de mofo. Mas o sistema também vem ganhando força em cidades litorâneas e de clima quente. Construtoras de condomínios de alto padrão em Balneário Camboriú (SC), por exemplo, estão entregando apartamentos com o HotCloset instalado de fábrica, devido ao impacto da maresia. Há ainda clientes no Nordeste, como em Recife (PE), que adotam o recurso para preservar itens do guarda-roupa e coleções de moda.
O mecanismo opera silenciosamente, por meio de cabos de baixa potência que distribuem calor de forma uniforme na parede, acelerando a evaporação e mantendo a umidade relativa do ar abaixo de 65%. Quando os índices ultrapassam 70%, o sistema é acionado automaticamente por um umidostato — o que evita desperdício de energia e reduz o consumo a níveis muito menores do que se imagina.
Outro destaque abordado no evento foi a relação entre conforto e sustentabilidade. Embora a primeira impressão seja a de que o funcionamento contínuo exige grande consumo de energia, a tecnologia opera em stand by e só ativa quando necessário.
Além disso, a Hotfloor é integrante do ecossistema HBC (Healthy Building Certificate) — certificação internacional dedicada a validar produtos, projetos e ambientes construídos de acordo com critérios de qualidade do ar, ventilação, materiais, acústica, sustentabilidade, iluminação e manutenção.
Um problema recorrente que exige solução definitiva
Tão importante quanto a organização da mala de férias, é o cuidado com as roupas de inverno. Antes mesmo da chegada do verão, guardar as roupas e acessórios de inverno de maneira correta e em local apropriado faz a diferença no estado que as peças se encontrarão no próximo inverno. Roupas guardadas por muito tempo em local fechado — como armários, roupeiros, louceiros e dispensas — acumulam poeira e mofo, podendo danificar as peças definitivamente.
Como lembrou Vitória, o mofo não se restringe à saúde: ele corrói roupas, bolsas, tecidos delicados e acessórios de luxo, gerando prejuízos materiais elevados. E, enquanto muita gente tenta combater o problema com soluções temporárias, o excesso de umidade tende sempre a voltar.
A proposta do HotCloset é justamente interromper esse ciclo — oferecendo controle contínuo e prevenção, sem depender da presença do morador, ideal para casas de temporada e residências fechadas por longos períodos.
Com o verão se aproximando, o debate sobre saúde ambiental e bem-estar nas casas de veraneio volta à pauta e tecnologias como essa passam a ganhar protagonismo nas discussões sobre qualidade de vida dentro do lar — um tema que, cada vez mais, vai além do conforto para alcançar a saúde e a sustentabilidade.

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